Enfim, um tempo para os primeiros registros escritos da tão sonhada viagem pelo litoral e região dos lagos e vulcões do Chile e Argentina. A primeira etapa a ser cumprida foi a travessia brasileira até Foz do Iguaçu, com passagem pelo Jalapão e Distrito Federal. Essa etapa fui cumprida rigorosamente dentro do cronograma. Os primeiros 1250 km’s da viagem foram percorridos num só dia, saindo de São Luis-MA e pernoitando em Palmas-TO. No dia seguinte após uma compra de provisões, a super geladeira elétrica 12 volts era abastecida rumo ao inóspito Jalapão. Até Mateiros-TO a rodovia é asfaltada, daí pra frente, estrada de barro, pedras e areião... A valente GM Meriva adquiria aí o apelido de “Meriva cross” que permaneceu por toda a viagem. O primeiro mico da expedição ficou por conta da desastrada incursão rumo às dunas do Jalapão, que eu já conhecia por ter feito numa Yamaha XT660 no inicio de 2010. No portão de acesso às dunas pedi informação ao garoto que tomava conta do pequeno bar, e ele após averiguar o carro com ares de conhecedor falou: “pode ir, esse carro passa, pegue sempre as trilhas da esquerda”. Avancei rumo às dunas para atolar uns 200 metros depois!!! Voltei a pé até o garoto e mandei: “vai lá tirar a porra do carro que tá atolado”, ao que ele respondeu: “fique frio, eu vou tirar o carro pra você”. Voltamos ate o carro, puxa de lá, empurra de cá... E o carro atolou mais ainda. Me deu uma vontade de cavar um buraco e enterrar aquele garoto vivo, porque já era quase noite e eu ali naquele fim de mundo... Foi quando o garoto falou: tem um casal de turistas aí pra dentro numa L200. Foi a salvação! Uns 20 minutos depois a L200 pintou na trilha, e numa facilidade enorme desviou da Meriva Cross pela trilha do lado parando para ajudar. Agora olhem a sorte: Tratava-se de um casal de motociclistas de Londrina-PR, que estavam viajando de XT660 e contrataram a L200 com um motorista guia a partir de Ponte Alta-TO para a excursão pelo Jalapão. Certamente é o casal de motociclistas mais viajado da America do Sul, com passagens pela Argentina, Chile, Peru e Bolívia, sempre na XT600. Pra encurtar a historia, a Meriva Cross foi rebocada de ré do lugar onde estava até o acesso ao parque, cerca de 200 metros, já sem sol... Dormimos todos em Mateiros-TO, após jantarmos no único restaurante da região, de propriedade da simpaticíssima Dona Rosa, quando o casal de novos amigos Artur e Sandra, me contou um pouco de suas peripécias motociclistas America afora, e recordamos alguns lugares que eu também já havia estado quando da viagem ao Ushuaia na Vstrom 2 anos atrás. Cerca de 30 latas de cerveja depois fomos dormir na pousada da dona BIBI, cansados e felizes (pelo menos eu, rsrs)
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